Está disponível para consulta pública, até 7 de julho, o documento que vai atualizar o rol de procedimentos de cobertura dos planos de saúde. Os atendimentos fonoaudiológicos, contudo, não foram contemplados desta vez. Diante desse cenário, o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) busca negociar com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a inclusão e ampliação dos procedimentos.

O CFFa defende que o número de consultas fonoaudiológicas para a população seja ilimitada. No entanto, reconhece que, neste momento, é mais oportuno reivindicar o aumento para, no mínimo, 48 consultas por ano. Hoje, a quantidade mínima obrigatória no rol de procedimentos fonoaudiológicos é de até 24 consultas anuais.

Uma reunião entre representantes do CFFa e da ANS está marcada para o dia 21 de junho. O objetivo desse encontro é tentar negociar a ampliação do número de atendimentos. Para a conselheira do CFFa Viviane Fontes, a participação dos fonoaudiólogos na consulta pública contribuirá para o sucesso das negociações.

“Quanto maior o número de contribuições solicitando o aumento das consultas fonoaudiológicas, melhor será a argumentação junto a ANS”, diz Viviane Fontes. Ela acompanha de perto a evolução da pauta na ANS – órgão que regulamenta e fiscaliza os procedimentos das operadoras – e crê que o aumento nos atendimentos é necessário.

“Atualmente, vinte e quatro consultas ao ano significa atendimento clínico fonoaudiológico duas vezes por semana, durante três meses. Depois desse período, o usuário enfrentará dificuldades para se consultar com o fonoaudiólogo pelo plano de saúde”, alerta Viviane Fontes.”Problemas crônicos de fala e linguagem, como afasia, por exemplo, necessitam de terapia fonoaudiológica intensiva de, pelo menos, duas vezes por semana por um período longo, na maioria dos casos”, explica.

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