Gagueira pode diminuir a autoestima das pessoas, diz fonoaudióloga


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A gagueira, a depender da forma como é encarada pelo paciente e por quem está ao redor dele, pode tornar-se um problema de autoestima. “A pessoa acaba não tendo confiança na hora de falar e há o risco de muitas gente silenciar totalmente. Há casos em que a pessoa prefere mostrar a identidade, em vez de falar o próprio nome”, comentou a fonoaudióloga Nádia Azevedo.

Quem bem sabe dessa dificuldade é o analista judiciário Preciliano Neto Almeida, 33 anos. Nos primeiros dois anos de idade ele sempre ouvia que tinha uma fala “fora do padrão”. “A partir daí, fixei essa ideia de %u2018malfalante%u2019 na minha cabeça. Desejo falar bem, mas não acredito em minha competência. Conheço diversas pessoas que são disfluentes, mas que não sofrem com isso. Ou seja, não são gagas, porque não tiveram suas falas disfluentes postas em questão”.

Preciliano decidiu, então, buscar o tratamento quando completou 21 anos, quando residia na Paraíba. Em seguida, continuou o tratamento na Bahia e veio para Recife, onde buscou a ajuda do GEAG. “A sociedade tende a adotar uma postura de riso e chacota, diante da gagueira, por não entendê-la e por não saber de que outra maneira lidar com este distúrbio de fluência. Isso sempre me incomodou, por isso que procurei um tratamento”, justificou.

Uma melhora já foi percebida pelo analista. Entretanto, ele afirma que o tratamento ainda não acabou. “Fluência plena nunca terei, até porque ninguém a tem. Toda pessoa, sem exceção, gagueja. A diferença é que o gago se importa demais com sua disfluência. Meu tratamento só acabará quando eu encarar, com naturalidade, as disfluências da fala e tiver plena confiança. Par isso tenho que parar de tentar falar direito ou de tentar controlar o espontâneo” finalizou.

Fonte: Folha de Pernambuco

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