Gagueira: distúrbio que pode ser tratado e curado


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Local onde foi publicado: Folha de Pernambuco – PE
Data: 29/10/2011


Gagueira: distúrbio que pode ser tratado e curado


Cerca de dois milhões de brasileiros gaguejam de forma crônica


Existe algo mais chato do que ser interrompido quando se está falando? Ou então de ter a frase completada por outra pessoa quando você ainda está formulando uma palavra? A sensação de impotência vivida por pessoas que sofrem com o distúrbio da gagueira prejudica o convívio social. O analista de suporte Bruno Garcia, de 26 anos, cresceu com essa dificuldade na fala que, apesar de não ter sido tão expressiva, atrapalhava no relacionamento com pessoas e o tornava ainda mais tímido. “Depois que fiz o tratamento com uma fonoaudióloga consegui ter mais tranquilidade na hora de falar, aprendi a pensar melhor antes de dizer as coisas”, contou.


Comentários como: “Fala direito!”, “Vai, você consegue terminar!” podem ser mais do que inconvenientes e, também, prejudicar todo o tratamento. “Dá muita raiva porque você quer falar, se esforça para dizer alguma coisa e a pessoa fica atrapalhando. Isso deixa a pessoa ainda mais nervosa”, comentou Bruno. Pela quinta vez, o Conselho Regional de Fonoaudiologia da 4ª Região (PE, PB, AL, SE e BA) e a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) promovem a Campanha em Atenção à Gagueira. Esse ano, o tema é Gagueira não tem Graça. Desde o dia 22 de outubro, dia internacional de Atenção à Gagueira, estão sendo promovidas atividades como orientação sobre esse distúrbio de linguagem e triagem para pessoas que se interessam em receber tratamento gratuito. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Fluência (IFB), a incidência da gagueira é de 5%, indicando que dez milhões de brasileiros estão passando por um período de gagueira. A prevalência do distúrbio é de 1%, ou seja, cerca de dois milhões de brasileiros gaguejam de forma crônica (há anos ou décadas).


A coordenadora regional da campanha Nadia Azevedo, explica que assim como qualquer tratamento, o ideal é que este seja feito o quanto antes. A gagueira pode ser identificada desde a infância. “

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