Fonoaudiólogo de Alagoas é primeiro fono homem do Brasil a ter a Certificação Internacional de Consultor de Lactação (IBCLC)


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Lucas Ferreira, 30 anos, é mais um exemplo de como a Fonoaudiologia é um leque aberto. Natural de Maceió (AL), ele foi o primeiro fonoaudiólogo do Crefono 4 a receber a Certificação Internacional de Consultor de Lactação (IBCLC). Mais: foi o primeiro fono homem do Brasil a ter essa Certificação. No Brasil, existem 24 fonoaudiólogos com essa certificação, dos quais apenas dois são do Nordeste – a outra é Kenia Gondim, do Crefono 8.

Podemos dizer, inclusive, que esse título “acabou de sair do forno”. Isso porque, apesar da certificação ter sido aprovada em dezembro do ano passado, a documentação só foi enviada dos Estados Unidos no mês passado.  O certificado e a credencial foram emitidos em português e inglês pelo IBLCE (International Board of Lactation Consultant Examiners ou Conselho Internacional de Avaliação de Consultores em Lactação), permitindo-lhe atuar como consultor IBCLC. Mundialmente, é o maior título na área da amamentação, reconhecido em mais de 131 países.

 

Sobre ter esse respaldo para trabalhar em uma área tão peculiar, tratando com bebês recém-nascidos e acompanhando as mães nos processos de lactação e amamentação, Lucas alega que o sentimento é de reconhecimento profissional por todo seu esforço. “É uma área muito abrangente, desde a produção de leite, formação, desenvolvimento da mama, gestação, pós-parto, desmane. Gosto muito de dar essa assistência e também auxiliar as famílias durante esse processo tão peculiar que é a amamentação, sempre alinhado com as evidências científicas”, explicou.

Lucas se formou pela Uncisal – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, mas fez a residência multiprofissional em Neonatologia no Recife,.  Mas até conseguir a certificação, foram muitas horas de estudo e prática.  “A prova do IBLCE é realizada em português no mês de setembro. Foram 175 questões, que contam com análise de inúmeras imagens, tornando-se muito exaustiva”, enfatizou Lucas, complementando que ainda é preciso ter mínimo de 1000 horas de prática clínica comprovada em amamentação, 90 horas de educação em lactação + 5 horas de educação em habilidades de comunicação.

Mas agora que passou com honras por todo esse processo, Lucas se prepara para repassar seus conhecimentos. Ele vai palestrar no Congresso Internacional de Amamentação no Ceará em agosto e no XXXI Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia no Rio de Janeiro em outubro, assim como irá ministrar cursos no Equador, Chile e Guatemala.

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