A fonoaudióloga e membro da Associação Brasileira do Sono (ABSono), Esther Bianchini (SP), comemorou, na última quarta-feira (28), a importância de a Fonoaudiologia estar inserida no Congresso Brasileiro de Sono, realizado até este sábado (31), em Porto de Galinhas/PE. Na avaliação da profissional, a presença é fundamental para, antes de tudo, mostrar como a Fonoaudiologia atua nesse campo.

“O fato de termos sido convidados para ministrar palestras no congresso da Associação Brasileira do Sono mostra uma credibilidade no nosso trabalho e a uma confiança na existência de uma ajuda fonoaudiológica nessa área”, comentou Bianchini.

Ao lado da também fonoaudióloga Kátia Guimarães/SP, Bianchini abordou o tema “Fonoaudiologia e Apneia do Sono – discutindo as evidências na avaliação e na prática clínica”. A mesa contou com a participação de mais quatro fonoaudiólogos – Ricardo Santos (Portugal), Camila de Castro Corrêa (SP), Giovana Lúcia Azevedo Diaféria (SP) e Giédre Berrenti-Félix (SP).

“Trouxemos o que temos de pesquisas na área – que ainda são poucas – e alguns dados clínicos para mostrar à população que participa do Congresso, basicamente médicos, dentistas, fisioterapeutas e técnicos em polissonografia e outras áreas afins, que o fonoaudiólogo também está atuando nessa área e o que a gente pode fazer”, detalhou Esther Bianchini.

O médico paulista, Eduardo Fázio, acompanhou a palestra e destacou a importância da Fonoaudiologia nesse processo. “O papel do fonoaudiólogo no tratamento da apneia obstrutiva do sono é muito importante. Faço questão de sempre encaminhar meus pacientes para um fonoaudiólogo”, finalizou.

HISTÓRICO
A participação fonoaudiológica no XV Congresso Brasileiro de Sono já é considerada histórica. Em 2003, a fonoaudióloga Kátia Guimarães fez uma apresentação no congresso da ABSono realizado em Salvador, Bahia. Depois, apenas exposições eventuais e isoladas.

“Essa é a primeira vez que existe uma mesa composta por seis membros fonoaudiólogos e mais uma participação de uma fonoaudióloga, Kátia Guimarães, no simpósio interdisciplinar na última sexta-feira (30)”, comemorou Bianchini, se referindo à mesa “Terapia da apneia obstrutiva do sono: além do CPAP”.

Na ocasião, Kátia Guimarães falou sobre Exercícios Miofuncionais. Também participaram da mesa o australiano Ron Grunstein (CPAP for all or management of slep apnea?), a canadense Fernanda Almeida (Avanço Mandibular com Aparelho Intraorais) e o americano Robson Capasso (Cirurgia).

TRATAMENTO*
O tratamento fonoaudiológico na apnéia do sono é um procedimento terapêutico simples, não invasivo, seguro e sem risco. Tem como objetivo dar força e mobilidade aos grupos musculares na região da orofaringe (garganta), adequar a postura dos tecidos moles (palato mole, ponta e base da língua, bochechas, lábios) melhorando as funções da mastigação, sucção, deglutição e respiração . Os exercícios trabalham a força muscular e a mobilidade de toda musculatura da orofaringe com redução do ronco e a diminuição da gravidade da SAOS.

O tratamento fonoaudiológico é indicado para pacientes adultos com diagnóstico de ronco primário (sem apnéias do sono), com diagnóstico recente de apnéia obstrutiva do sono de grau classificada como leve (5-15 eventos por hora) ou moderada (de 15-30 eventos por hora), além de pacientes que tenham oxigenação acima de 90% e com um Índice de Massa Corpórea (IMC) < 35 Kg/m2.

* Com informações do site Centro de Especialistas do Sono

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