Presidente do CREFONO 4 fala da importância do Congresso no NE


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A presidente do CREFONO 4, fga. Sandra Maria Alencastro, falou da satisfação do 23º COngresso Brasileiro de Fonoaudiologia ter sido realizado em Salvador/BA. A fonoaudióloga pernambucana fez uma comparação do sincretismo religioso e da mistura das raças, características próprias do estado da Bahia, com a interdisciplinaridade do Congresso.

“É impossível não aludir à realização desse projeto, que se dá em nossa região nordeste, sobretudo, em Salvador, como sendo um lugar onde muitas vozes se imbricam e dão mais vida à cidade, à história, à cultura. A voz do artista, a voz do poeta, a voz do trio elétrico e as vozes da liberdade e do respeito à diversidade se encontram, em respeito à principal característica deste estado: o sincretismo, a mistura das raças, a inclusão social”, disse a presidente do CREFONO 4.

Confira íntegra do discurso

É impossível não aludir à realização desse projeto, que se dá em nossa região nordeste, sobretudo, em salvador, como sendo um lugar onde muitas vozes se imbricam e dão mais vida à cidade, à história, à cultura. A voz do artista, a voz do poeta, a voz do trio elétrico e as vozes da liberdade e do respeito á diversidade se encontram, em respeito à principal característica deste estado: o sincretismo, a mistura das raças, a inclusão social.

É ai, então, que a Fonoaudiologia dialoga estreitamente nos bastidores do funcionamento dessa cultura.

O profissional da comunicação, o fonoaudiólogo, hoje, ainda, pouco reconhecido em sua atuação em algumas áreas, em uma oportunidade como esta, que agora vivenciamos, o XXIII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, não poderia sair dessa experiência sem refletir acerca do que possa ser feito no sentido de batalhar pela valoração do seu trabalho, do qual dependem o entretenimento, a dinâmica intelectual e os registros de um sotaque tão brasileiro, haja vista o ecoar das canções, o grito do poeta, o canto dessa cidade, o sucesso do teatro. Não podemos deixar de citar a fala do professor ao anunciar a peleja dos escravos pela sua libertação em suas aulas de história e literatura e o contar de muitas memórias.

É essa peleja a qual devemos aprender como lição, no intuito de, como aqueles que, através da lei áurea, foram abolidos, os profissionais da voz, que calam em sua injusta falta de espaço para a expansão do seu atuar, possam fazer chegar até os responsáveis pelas mudanças o desejo de uma maior afinidade e afinação para com o reconhecimento da relevância que é o exercício fonoaudiológico.

Quero agradecer a todos os envolvidos por mais uma oportunidade de levar a minha voz ao encontro de outras vozes, a fim de aprofundarmos, a partir dos temas que aqui serão debatidos, novos processos, novas técnicas e todas as trocas de experiências pelos profissionais, neste congresso, presentes.

Desejo que, a cada novo encontro, haja uma maior adesão dos profissionais e estudantes, futuros fonoaudiólogos, objetivando o fortalecimento da nossa categoria. É no investimento científico que vejo a porta de entrada para um campo mais amplificado de trabalho e de desenvolvimento atrelados ao sucesso de todos aqueles que necessitam do saber e do exercer o universo da fonoaudiologia. Feliz congresso a todos!

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