Profissionais defendem interdisciplinaridade na Reabilitação Vestibular


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A multidisciplinaridade no diagnóstico e na reabilitação vestibular foi tema da última mesa de debates promovida, no último dia 11 de outubro, pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) no 22º Congresso Brasileiro da categoria. Os palestrantes explicaram como ocorre o trabalho dos fonoaudiólogos e fisioterapeutas na equipe interdisciplinar e a importância da atividade conjunta para a saúde do paciente.

De acordo com André Luís dos Santos, representante do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) e doutor em fisioterapia vestibular pela Universidade de Buenos Aires, é preciso rever o modelo tradicional de avaliação em benefício do usuário do sistema de saúde. “No Brasil, lidamos com um padrão arcaico, de mais de 40 anos, em que o médico é quem encaminha os pacientes e é ele quem, na maioria dos casos, ainda recomenda o tratamento”, diz.

No entanto, o fisioterapeuta acredita que essa visão tradicionalista está sendo substituída, aos poucos, pelo modelo multidisciplinar, aproximando-se do que é praticado em alguns países europeus. Para André Luís dos Santos, o padrão da interdisciplinaridade melhora a comunicação entre os profissionais e quem sai ganhando é o paciente.

“É preciso renovar o padrão interdisciplinar do diagnóstico, do tratamento e da reabilitação. É necessário que o próprio paciente seja ativo em todo o processo. Dessa forma, fugimos de diagnósticos puramente sintomáticos, tecnicistas, e evitamos exames desnecessários que podem comprometer a saúde”, destaca o fisioterapeuta do Coffito. Em sua opinião, a identificação de transtornos deve contemplar uma perspectiva mais abrangente, em que são levados em conta, por exemplo, os aspectos psicológicos e o histórico clínico de cada paciente.

Trabalho conjunto
O CFFa e o Coffito criaram um Grupo de Trabalho (GT) no ano passado, para coletar informações e definir o retrato da reabilitação vestibular no país. Para se chegar a um resultado concreto e mais próximo da realidade, planeja-se realizar consultas públicas e questionários virtuais.

Após as palestras os debates seguiram com interação com o público confirmando o trabalho que o CFFa e o Coffito já iniciaram n GT de integração com objetivo de final centrado na saúde e no atendimento multidisciplinar do cidadão. A mesa encerrou a programação oficial do CFFa para o 22º Conresso Brasileiro de Fonoaudiologia.

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