CREFONO 4 cobra contratação de fonoaudiólogos concursados em Salvador


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Em Salvador/BA, os profissionais de saúde da capital baiana participaram, na última semana, de uma audiência pública na Câmara Municipal de Salvador para cobrar da Prefeitura a convocação imediata dos profissionais que passaram e foram classificados no último concurso realizado pela Secretaria de Saúde de Salvador e até o presente momento não foram chamados. A proposta para a reunião partiu da vereadora Alabilce Souza (PCdoB).

A fiscal do CREFONO 4 em Salvador, fga. Cristiane Oliveira, representou todos os fonoaudiólogos. “Para entendermos a realidade da saúde pública no município de Salvador, vamos fazer um breve comparativo. O município de Salvador conta somente com dois fonoaudiólogos concursados na ativa e foram convocados mais dois; já o município de Itabuna conta com oito fonoaudiólogos concursados. A população estimada de Salvador, segundo dados do IBGE de 2013, é de quase três milhões de habitantes, enquanto Itabuna possui pouco mais de 218 mil habitantes. Fazendo uma conta rápida pode-se verificar que em Itabuna há um fonoaudiólogo para cada grupo de 25 mil pessoas, enquanto em Salvador este número será, apenas após a efetivação dos fonoaudiólogos convocados neste concurso, de 750 mil pessoas para cada fonoaudiólogo. Pode-se verificar um disparate grande entre as duas realidades”, criticou Cistiane Oliveira.

A fiscal ainda citou a pesquisa realizada, em 2009, pelas professoras Lêda Bazzo e Ceci Noronha do ISC da UFBA, a qual estimou um déficit de 131.315 procedimentos fonoaudiológicos por ano realizados pelo SUS, na capital baiana, sendo verificada a necessidade de contratação de 33 profissionais, bem como levantamento em vias de conclusão realizado pelo CREFONO 4 que aponta para uma demanda reprimida pelo serviço de Fonoaudiologia junto às Clínicas-Escolas de Salvador e Região Metropolitana, as quais apresentam fila de espera de mais de duas mil pessoas. 

Cristiane também rebateu o representante da Prefeitura Municipal de Salvador, que na última reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS) Conselho Municipal de Saúde (CMS) afirmou que o fonoaudiólogo não era previsto nas equipes do NASF. “O fonoaudiólogo é previsto nas duas modalidades do NASF, ao contrário do que foi expressado pela PMS à época”, disse. A fiscal comparou, ainda, a capital brasileira a outras capitais como o Rio de Janeiro, na qual é comum a atuação do fonoaudiólogo nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e que a realidade da capital em relação aos grandes centros do interior é um absurdo, levando-se em consideração que Salvador é a terceira maior capital do país.

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