Hoje no Palmeiras, Léo Gago tem orgulho de ser gago (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

A maior demanda de um fonoaudiólogo que trabalha em clubes esportivos é sem dúvida na área da voz. Porém, sua atuação também pode ser estendida para outras áreas como linguagem e distúrbio da fluência, por exemplo. Lidar diariamente com microfones e exposição na mídia não é para qualquer pessoa.

Infelizmente, a grande maioria dos clubes de futebol do Brasil não estão preparados para lidar com um jogador que apresenta gagueira. “Acredito que as pessoas de um modo geral não estão preparadas uma vez que ainda há uma grande discriminação social para pessoas que gaguejam. Penso que a presença de um fonoaudiólogo em times de futebol seria um ótimo recurso para o tratamento e a orientação desses distúrbios”, explica a fonoaudióloga da Universidade Católica de Pernambuco, Nadia Azevedo, especialista em gagueira.

Um caso ocorrido em fevereiro de 2012 com uma equipe de futebol de Pernambuco ajuda a exemplificar bem o assunto tratado nesta reportagem. Do nada, a assessoria de imprensa desse clube recifense informou aos jornalistas que cobrem diariamente o time que um dos seus atletas não daria mais entrevista por ser gago. “Essa atitude do clube reforça o estigma da gagueira como um impeditivo ao crescimento profissional.

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