Perda auditiva atinge jovens de todas as idades
Local onde foi publicado: www.diariosp.com.br
Data: 01/11/2011
Perda auditiva atinge jovens de todas as idades
O que poucos sabem é que bem antes da velhice, este mal pode surgir e ser amenizado com aparelhos.
A vida adquire mais significado quando ouvimos. Muitas vezes, estes sons transmitem mensagens e sensações que nenhuma imagem seria capaz de proporcionar. Todos sabem que, com a velhice, a audição é prejudicada.
O que poucos entendem, contudo, é que algumas coisas na adolescência e no início da vida adulta podem provocar o envelhecimento precoce dos canais do ouvido, ou seja, por volta dos 30 ou 40 anos uma pessoa pode apresentar os mesmos sinais de perda de audição de um idoso.
Como ninguém nesta faixa etária imagina que está ficando surdo, poucos buscam por tratamento. “Eu tinha um zunido alto no ouvido e, com o tempo, deixei de escutar algumas coisas”, conta a auxiliar de enfermagem Valdilene de Almeida Mendes, 41 anos.
Ela diz ter relutado muito em procurar ajuda. “Tinha vergonha de pensar em usar o aparelho auditivo”, admite.
Em junho deste ano, mudou de opinião e após uma série de exames, descobriu que os canais dos seus ouvidos estavam envelhecendo. “Quando tinha 18 anos, trabalhei em uma fábrica que produzia muito barulho, sem nenhum equipamento de proteção auricular”, conta Valdilene.
Quando colocou o aparelho auditivo, ela conta que sua vida mudou. “Ouço até o barulho do vento novamente”, revela.
Muito comum/ Baladas com som estridente, fones de ouvido com música alta, centros urbanos movimentados e buzinas em um trânsito intenso.
Situações como estas podem causar envelhecimento precoce dos canais dos ouvidos. “E não tem mais volta para a perda de audição. Por isso, é importante prevenir estas situações”, esclarece Vanessa Gardini, fonoaudióloga há 16 anos.
Segundo ela, a audição é fundamental. “Aos que nasceram ouvindo plenamente, a ausência de estímulos sonoros pode gerar problemas de fala e de memória, pois a perda auditiva se torna uma barreira para o cérebro”, explica.
Com o cotidiano barulhento, é fundamental ficar atento aos sinais e buscar a ajuda de um profissional o quanto antes. “Hoje, os aparelhos são muito modernos, pequenos e discretos. O fundamental é buscar ajuda, sem preconceito”, conclui Vanessa.