CREFONO realiza triagens gratuitas para pessoas que gaguejam
Para c omemorar o Dia Internacional de Atenção à Gagueira %u2013 22 de outubro %u2013 o Conselho Regional de Fonoaudiologia 4ª Região (PE, PB, AL, SE e BA), em parceria com os departamentos de Fonoaudiologia da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso), realizará triagens gratuitas para pessoas que gaguejam. O atendimento à população será durante esta sexta-feira (22), das 8h às 12h e das 14h às 18h.
Na Unicap, as triagens serão realizadas na Clínica Escola de Fonoaudiologia, localizada no Bloco B, 6º andar. O telefone de contato é 2119-4137. Já na Funeso, a população que reside em Olinda, Paulista e regiões vizinhas podem comparecer a Clínica Escola da Instituição, localizada na avenida Getúlio Vargas, nº 653, Bairro Novo, Olinda. O telefone de lá é o 3493-0745.
A intenção do Conselho Regional de Fonoaudiologia é conscientizar as pessoas que gaguejam a buscar um tratamento com um fonoaudiólogo especializado. Na triagem, além de informações sobre o assunto, haverá encaminhamento para o tratamento gratuito. “A Unicap desenvolve dois projetos para gagueira. Um voltado apenas para crianças, todas as quartas; e o outro para jovens e adultos, aos sábados. Os encontros são semanais e gratuitos”, explicou a coordenadora do projeto Profª Drª Nadia Azevedo.
O outro objetivo do CREFONO 4 é explicar para a sociedade o que é e o que provoca a gagueira. “Atrelado a isso, queremos reforçar a idéia que de que a gagueira precisa ser entendida e respeitada por todos”, finalizou Azevedo.
GRUPO DE TRATAMENTO
A Unicap iniciou um Grupo de Terapia para Pessoas que Gaguejam. Os encontros, gratuitos e voltados para crianças, jovens e adultos, acontecem na sala C3, do 7º andar, do Bloco G4, da Unicap, sempre as quartas-feiras, das 14h às 15h (crianças) e aos sábados, das 10h às 12h, (jovens e adultos).
A intenção da terapia é trabalhar aspectos como: mudança da imagem que o sujeito gago tem de si; concepções de fluência e disfluência, a previsão do erro antes mesmo de falar, as situações e pessoas que geram mais gagueira ou mais fluência, entre outras questões. No tratamento são utilizados textos sobre gagueira e depoimentos dos próprios pacientes que pertencem ao grupo.
“Mostramos a cada um deles que não existe uma fala que seja 100% fluente”, explicou a fonoaudióloga Tatiana Cavalcanti, fonoaudióloga do Grupo para jovens e adultos. “Nosso objetivo é fazer com que o sujeito com gagueira enxergue o problema não como uma doença, que precisa de cura, mas como algo inerente à linguagem, a fala do sujeito, já que não existe uma fala perfeita, sem deslizes”, complementou.
Os interessados em participar podem entrar em contato com a Clínica Escola do Departamento de Fonoaudiologia da Unica através do telefone 2119-4137 ou com a fonoaudióloga Tatiana Cavalcanti, através do telefone (81) 9104-2666.
GAGUEIRA
Estima-se que no Brasil 1% da população – equivalente a todo o estado do Amazonas – apresenta alguma forma de gagueira, sofrendo com o preconceito e as desvantagens econômicas e sociais. No mundo, estudos afirmam que o número de pessoas que gaguejam ultrapassa os 60 milhões.
DIAG
O Dia Internacional de Atenção à Gagueira foi criado em 1998, pela Internacional Fluency Association (IFA) e pela International Stuttering Association (ISA). Desde o início, o Brasil participou das comemorações com diversas ações voltadas para as pessoas que gaguejam, para familiares, para profissionais e para a população em geral por meio da Associação Brasileira de Gagueira (Abra Gagueira) e Instituto Brasileiro de Fluência (IBF).
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